terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Live's pra quem?

Voce acha que eu não sei? Talvez eu não saiba muito e que bom eu não saber, afinal estamos aqui pra aprender. Mas eu sei o que sinto, e creio eu que muitos também tem se sentido dessa forma. É odifícil termos a nossa liberdade cerceada, nos sentirmos presos. Mas o maís difícil pra mim está sendo saber que tem pessoas em situações mais graves e não poder ajudar. Quisera eu poder ajudar muito mais pessoas do que eu realmente posso, mas o que mais me intriga são artistas que poderiam  fazer muito mais e só pensam e fazer lives pra através disso continuar ganhando mais e mais grana, através de merchandising e patrocinio de grandes marcas. Eu ainda não vi nenhum se pronunciando e reverter toda a verba adquirida nessas lives para distribuir entre os que mais precisam. É o capitalismo falan do mais uma vez, e cada vez mais alto que o importante é não perder a oportunidade de faturar.
Mas e os artistas da quebrada? O que tem sido feito por eles?

domingo, 3 de setembro de 2017

E as drogas ??




E mesmo nos bares o discurso anti-drogas é o mesmo. Há sempre alguém dizendo o quanto as drogas ilícitas são nocivas e que os "nóias" são um cancêr da sociedade, porém é interessante observamos que ao brandar este discurso os defensores dessa idéia estão pitando seus cigarros e tragando suas bebidas alcóolicas que também são nocivas e causam dependencia, porém são licitas.

Vamos lá, qual a diferença afinal? Será que é porque ao comprar a bebido e o cigarro nós estamos favorecendo a indústria e o processo de dominação capitalista, onde as grandes empresas lucram cada vez mais e a industria do cigarro e da bebida se mantém forte, favorecendo governos burgueses e patrocinando eventos para entreter o pública e assim mostra-se complacente com a sociedade? Bem pode ser talvez uma dessas razões ou talvez nenhuma, mas se compararmos ao caso das drogas ilicitas e quem as produz e vendem não veremos muita diferença entre os magnatas do tabaco e bebida com relação aos grandes chefões do tráfico. Todos lucram com o vicio e a miséria humana.

Mas a questão não é levantar aqui o que leva ou não uma pessoa a procurar qualquer droga que seja, o que eu quero trazer para reflexão é o que faz uma pessoa que usa drogas lícitas achar-se melhor de uma que usa droga ílicita? Penso ser uma grande hipocrisia a pessoa se drogando licitamente porque comprou a sua droga em pontos autorizados pelo governo achar que tem o direito de criticar
o que desceu na "biqueira" pra comprar seja lá que droga for. Não estou defendeno o uso da droga, mas defendo o fim da hipocrisia e o respeito aos cidadãos. Temos dependentes quimicos que precisam de auxilio, como temos alcoolatras e tabagistas que precisam de tratamento. Droga é droga e ponto, não existe boa ou ruim é tudo uma merda só, somos uma sociedade de víciados, sejam eles lícitos ou não.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Exposição: “Sou sua Sombra”



O brincar, o vivenciar, o crescer e o resgate a sua criança interior são os  propostos neste trabalho do artista Anderson Hope. E como uma brincadeira de criança que se brinca até com a  própria sombra é que ele nos faz refletir sobre a efemeridade e as transformações que a vida apresenta. Assim como a sombra que muda a cada instante conforme a projeção da luz e nossos movimentos, ele nos transporta para uma viagem lúdica com seus desenhos que remetem a infância e o uso da imaginação que é muito presente nessa fase da vida, em que se poder brincar com tudo que nos cerca, fazendo com que reflitamos em como ao longo da vida vamos perdendo um pouco dessa liberdade imaginativa e nos fechando para o lúdico e nos projetando para nossa própria sombra, que se movimenta através da percepção de alguém ou da forma como projetam a luz em nós, deixamos de dominar os movimentos de nossas sombras sendo nós mesmo dominados como se fossemos nós a sombra.


Hope tem forte influência em cartoons, life style e street art (arte urbana), sendo tais referências notoriamente percebidas e vivenciadas nesta exposição, onde vemos através de seus traços e cores o resultado destes movimentos artísticos em seu trabalho. Com criatividade e diálogo com o universo infantil, ele nos apresenta um trabalho maduro mostrando que com determinação é possível mantermos o nosso “infantil” vivo e perseverante.


A Okupação  Cultural Coragem vem consolidando-se cada vez mais como um expoente da arte underground, dando liberdade para cada artista realizar o seu trabalho feito nas ruas dentro de uma galeria de arte. Hope utilizou o espaço com total liberdade e utiliza de materiais como gavetas, papelão e outros que poderiam estar jogados em um lixão e os transforma em obra de arte. Mais uma vez mostrando que a arte urbana dialoga com tudo o que é parte da cidade, inclusive e principalmente aquilo que é rejeitado por ela.


Sobre o Artista:
Anderson Hope 1975
Pintor , desenhista e ilustrador - Vive e trabalha em São Paulo.
www.flickr.com/andhope
instagram @andyhoup

Anderson Hope estudou modelo vivo no Centro Cultural São Paulo durante no ano de 2010 e através dessa experiência se aproximou de novos artistas.
As primeiras pinturas surgiram no final dos anos 90 onde, influenciado pelos cartoons , life style e street art, começou a experimentar técnicas que hoje chamam a atenção em suas produções, que ganham cada vez mais as ruas e o reconhecimento por onde passam.
Hoje os seus trabalhos tem uma identidade muito forte com as crianças. A maioria dos seus personagens estão com as expressões fixadas em crescimentos, perseverança e determinação.

Andy Hope é artista periférico e nasceu para atravessar fronteiras!
O local onde nasceu e vive até hoje, a Cidade Tiradentes, o inspira e o faz refletir sobre a diversidade e o que é viver em uma periferia.
Venham todxs!!
A exposição encerra no dia 08/09/2017.

Realização: C.OR.A.G.E.M.
Curadoria: Thassio Bertani
Apoios: K2lab - Estúdio de Design e Raul Tintas
Okupação Cultural Coragem
Rua Vicente Avelar, 53 - Cohab II - Lado Leste - São Paulo / SP

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Exposição Questione Crew


QUESTIONE CREW reúne três artistas da zona norte de São Paulo, onde acabaram percebendo grande afinidade em realizar trabalhos temáticos em pintar grandes painéis e muros, dando maior amplitude ao diálogo de seu trabalho atraindo a curiosidade, atenção e admiração. Um dos conceitos de CREW na cultura Hip Hop é a de  “um grupo de grafiteiros que se reúnem para pintar juntos”, esse conceito está impresso principalmente no grande mural feito para esta exposição onde poderemos contemplar a realização do trabalho em conjunto do trio de grafiteiros composto por Ectoplasma, Joks Johnes e Sapiens em que ao observar não conseguimos distinguir e apontar em qual espaço da obra cada um deixou sua impressão e identificar quem fez o que neste painel, nesse momento é que vemos como é grande essa sintonia e como esse trabalho coletividade rende expressões artísticas fantásticas.


Para que não reste dúvida sobre a diferença da individualidade do trabalho de cada um, ao longo da exposição podemos ver diversos trabalhos com a assinatura de cada um dos artistas, onde podemos identificar as diferenças artísticas e a proposta de diálogo de cada um, e ao mesmo tempo sentir que elas acabam se preenchendo pela coletividade dos questionamentos. Seus trabalhos nos faz pensar sobre as multiplicidades humanas, submersão, transcendência, a nossa animalidade e a construção através da coletividade.
Esta exposição nos faz questionar sobre como tendo pensamentos e vertentes individuais distintas, podemos contribuir de forma positiva para a construção de algo coletivo, onde essas diferenças somadas possam expressar um sentimento comum de transformação.


Mais uma vez a Okupação Cultural Coragem vem se mostrando com um novo pilar de expoente artístico, com a proposta de resgatar a essência da cultura urbana feita por artistas independentes não só dá quebrada, como também um intercâmbio com artistas de outras quebradas, descentralizando a produção Hip Hop e o Graffiti com arte transformadora e linguagem cultural das regiões periféricas.

Artistas: EctoplasmaJOKS Johnes e Sapiens
Venham todxs!!

Realização: C.OR.A.G.E.M.
Curadoria: Thassio Bertani
Apoios: K2lab - Estúdio de Design e Raul Tintas
Okupação Cultural Coragem
Rua Vicente Avelar, 53 - Cohab II - Lado Leste - São Paulo / SP



sexta-feira, 26 de maio de 2017

E X P O S I Ç Ã O - T U M U L T O


Alex Hornest (Onesto), tem o seu trabalho focado na relação entre as cidades e seus habitantes onde através de personagens do seu imaginário transitam em situações que podem ser interpretadas como realidade ou ficção, utilizando de diferentes técnicas como pintura, escultura, colagem, fotografia, áudio e artes visuais. Nesta exposição ele faz o uso de algumas dessas técnicas onde mistura suas ilustrações com objetos concretos fazendo uma correlação entre as gravuras e os matérias que acompanham cada uma delas. Causando um grande TUMULTO.

Vidros, cimento, tijolos, espelhos, pedras e cacos, são os elementos que compõem está exposição, através desses elementos é possível construir novas estruturas com esses materiais ou seus fragmentos. A junção ou desmantelamento desses materiais refletem o TUMULTO das capitais e das grandes cidades que estão sempre em processo de construção e demolição, a agitação urbana, o motim, a revolta política fazem parte da vida cotidiana e essa inquietação é pulsante nas grandes cidades em que entulhos viram armas contra o ataque opressor do Estado e sua tropa de choque.
Dizendo Não As Regras, o artista segue Proporcionando a Discórdia nos levando há um Conflito Interno através de Movimentos Mínimos, onde usa a sua arte como expoente e questionador dos Atos Vulgares cometidos constantemente em nossa sociedade ao qual estamos submetidos pela falta de políticas inclusivas em que se construa os Alicerces para uma sociedade mais justa e igualitária, mesmo sabendo que a luta não será fácil, pois Não Foi Fácil Em Nenhum Momento.

A Okupação Cultural Coragem recebe este trabalho de Alex Hornest e nos convida a fazer um grande TUMULTO de indignação política, um motim, uma revolta, uma provocação para que nos agitemos e provoquemos a desordem nesse Estado tão desordenado em relação a nós, o povo da periferia.




https://www.facebook.com/events/1868779490013430/?active_tab=about

Encerramento dia 10/06/2017


Rua Vicente Avelar, 53
Conj. Resid. José Bonifácio - Itaquera
10 minutos da estação de trem José Bonifácio.
Estacionamento no local.
  • Entrada gratuita

terça-feira, 9 de maio de 2017

Mapeamento Social - Apresentação final do curso

Neste trabalho cartográfico, iremos apresentar alguns pontos de Itaquera de acordo com entrevista realizada com alguns moradores do bairro e pesquisas, onde o objetivo é apresentar as transformações ocorridas ao longo dos anos, seu desenvolvimento e a forma como as pessoas do bairro interagem com essas mudanças.
Em nossas pesquisas levantamos dados importantes que remontam um pouco da história do bairro, locais importantes e personalidades. Com esse trabalho iremos apontar alguns desses pontos, contando um pouco sobre o bairro aguçando a curiosidade do observador para que o mesmo busque por si conhecer mais sobre Itaquera.

Você sabia que a estação de trem de Itaquera foi inaugurada em 1875 com o nome de São Miguel, por ser ainda apenas denominada como “roça Itaquera” e ser subdistrito de São Miguel Paulista, passou a ser chamada de Estação Itaquera a partir de 1909, em 1920  Itaquera passou a ser um “Distrito autônomo” e começou a se desenvolver, em 1930 foi construído um prédio mais novo em substituição ao antigo, nos anos de 1960 passou por uma ampliação da plataforma, em 1998 reforma do prédio, em 2000 foi desativada e em 2004 demolida para a construção da extensão da radial leste até Guaianases e a praça da estação continuou no mesmo local passando por uma reforma em 2014.
Itaquera também foi lar do grande magnata da industria de tabaco Sábbado D’angelo, que ao contrário de seus pares fez sua mansão na rua que hoje tem seu nome,  longe dos logradouros famosos da época como Avenida Paulista e Campos Elíseos, faleceu na década de 1930 deixando sua residência, a Chácara Sudan, para que fosse usado como estabelecimento hospitalar ou de educação profissional, o qual foi feito em 1945 pela sua viúva que criou a Fundação Anita Pastore. Porém, não se sabe quando, o imóvel passou para o controle da TFP (Tradição Família e Propriedade), instituição católica que passou a usar apenas para fins relacionados a praticas religiosas ou eventos relacionados a sua causa. Hoje o imóvel encontra-se em processo judicial e abandonado.
Neste mapa também será possível localizar a antiga Estrada do Pêssego, que recebeu este nome devido a grande concentração de plantações de pêssego na região e ter sido aberta para a escoação da fruta, assim como também imagens do córrego Jacu. Também apontamos como referência o prédio da Casa da Divina Providência Dona Gertrudes Pires de Campos, por ser um educandário e internato do bairro fundado em 1928, o parque Linear, a Estação Dom Bosco da CPTM, a Sociedade Desportiva Elite que a mais de 90 anos atua no bairro em ações esportivas, shows e festas, já recebeu artistas como Roberto Carlos e Agnaldo Rayol nos seus tempos mais áureos. Além desses citados, você poderá observar no mapa outros pontos que são referência do desenvolvimento de Itaquera.

E a região onde está a Estação de Metrô Corinthians-Itaquera, que tem mudado a dinâmica do bairro fazendo de seu entorno o novo centro de compras e convivência dos que passam por Itaquera, tirando o contato com o comerciante local e tornando o cotidiano mais superficial e menos “bairristico” e familiar como era antes. No entorno do Metrô, está o Shopping Center, Arena de futebol, FATEC, UPA (Unidade de Pronto Atendimento), POUPATEMPO e futuramente projeto de um polo institucional com Fórum, Rodoviária, SENAI, Incubadora e Laboratórios, centro de convenções, auditório, centro cultural, salas comerciais, Policia Militar e Bombeiros, Instituto Dom Bosco, conforme consta no plano diretor de 2012 para a região.

Neste trabalho também desenvolvemos um mapa digital que você pode navegar através do link abaixo:
https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1p2ywcG5EtRKSlAwPMbaTQFE3O1s&ll=-23.536271515413095%2C-46.52326979999998&z=12

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Exposição "Reprocesso" - Fabio Biofa



“REPROCESSO” – Ação que expressa continuidade na realização de determinada atividade. A exposição do artista Fabio Biofa nos mostra a desconstrução de seus personagens para abrir espaço à construção de novas figuras a partir de fragmentos daquilo que fora antes.  Neste processo várias partes do corpo compõem novas figuras sob uma nova perspectiva, nos mostrando a possibilidade de se recriar, reprocessar aquilo que já havia sido concebido de outra forma, se transformando e compondo novas histórias de objetivos em uma nova identidade visual e gráfica. Permitindo e nos guiando à novas percepções de uma obra, onde temos a experiência de construir algo novo através de vestígios, resíduos e substratos do que um dia existiu.

A exposição "REPROCESSO" tem como propósito reutilizar objetos e materiais descartados pela sociedade, apresentando formas de utilização de materiais que por muitas vezes são ignorados e tratados de maneira inadequada, contribuindo para a poluição e degradação do meio ambiente, por serem matérias não orgânicas e biodegradáveis, quando jogada no meio ambiente causam impactos ambientais irreversíveis, ao usar materiais recicláveis  e transforma-los em obras de arte nos faz refletir sobre o tratamento que damos a esses materiais, a materialidade e sua possível transformação.
Esse iniciativa busca descentralizar e democratizar o acesso a arte, onde o artista em parceria com a ação Coletiva Okupação Coragem na Cohab II de Itaquera, montou está exposição em seu  espaço com acesso livre e gratuito à toda população. Mostrando que a arte é uma importante via de conscientização política e de responsabilidade social.


“REPROCESSO” é um convite ao público para desconstruir conceitos, pensamentos, olhares e atitudes, se reciclando através de suas vivências e observações, compartilhando e buscando novas formas de perceber o mundo, os objetos e seres, assim como na sua relação com o todo. Podendo reinventar sob uma nova ótica as suas ações a partir do conceito de “construir, desconstruir e reconstruir”, reprocessar. Podemos através disto, refletir o quanto nossas ações impactam na vida social e no meio ambiente e como podemos fazer com que essa contribuição seja positiva para nosso desenvolvimento humano e social.